quinta-feira, 20 de abril de 2017

Não Desanime...

Sabe quando você em algum momento da vida para pra observar o que anda fazendo dela? Ou por que anda tomando certas decisões que aparentemente estão erradas?
Pois então. Eu sempre faço isso quando percebo que o tempo está corrido demais e não tenho oportunidade pra certas coisas simples, banais e importantes. Como por exemplo, desenhar e cantar. São duas das coisas que mais gosto de fazer. Além claro de conversar e trocar ideias. Mas enfim, vou me ater a essas duas inicialmente.
Eu desenho desde pequeno, por lembrança e pelo que me dizem, comecei lá pelos meus 5 anos de idade. E hoje estou com 30. Então lá se vão 25 anos desenhando. Não diariamente. Mas enfim, a maior parte pelo menos da minha vida tenho feito isso. E nos últimos dias tenho feito bastante (diga-se de passagem). Principalmente por estar focado em um projeto de quadrinhos que me foi encomendado. Mas voltemos ao assunto... Às vezes sinto um desânimo enorme.
Certos feitos para alguns pode parecer bobagem (desenhar ou pintar). Mas para quem vive pensando, criando e resolvendo coisas, as pequenas atitudes acabam sendo deixadas de lado, você começa a viver num "piloto automático", e quando se dá conta entende que um bocado de vida foi desperdiçada. Desperdiçada corrigindo provas, preenchendo formulários, ou seja, fazendo das coisas cotidianas (que claro) necessárias para uma construção de "vida adulta" e acaba colocando no canto suas prioridades, aquilo que te faz feliz. E por que isso é importante? Por que reflete dependendo da ocasião a frustração de uma vida incompleta, e o gás do animo se esvai.
Quando você coloca sua vida em um gráfico, como se fosse uma roda. Essa ferramente precisa se mover e para se mover precisa de um impulsor. E esses impulsores são detalhes que negligenciamos. E se essa engrenagem não funciona, não roda, nosso planejamento de vida também não funciona. Se por acaso essa roda tem arestas para serem aparadas, ela acaba se desequilibrando. É uma teia muito densa. Nesse caso tudo deve estar a pleno vapor ou ao menos agindo. Se minha vida financeira está com problemas então por consequência (não necessariamente) minha vida amorosa pode estar ou vir a estar com alguma adversidade. Se minha vida em família está com atritos então por consequência minha vida no trabalho pode ser afetada.
Mas como entender isso e resolver?
Como disse anteriormente (ou se não disse explico agora), nós devemos além de perceber o outro e entendê-lo, acima de tudo nos entender. Nos observar e constatar de que modo estamos levando nossa existência. Se estamos por acaso nos amando, nos tratando bem, nos priorizando. E quando isso ocorre, refletir no outro é menos complicado. Não digo mais fácil pois trabalhar com pessoas é um enigma eterno. Mas ao menos flui de uma melhor forma.
Aquele ditado "se ame para poder amar o próximo" é um dos mais corretos que já ouvi. Pois quando eu me conheço e entendo minhas prioridades e necessidades eu vou começar a ouvir e agregar mais as ideias de outrem;
Então, quando digo que devemos nos observar e identificar nossas carências é quando estamos começando a analisar nossos arredores, nosso cotidiano, nossa existência e conseguindo ajudar a requintar nossa relação com essa diversidade de biomas que é o sustento intitulado esperança.
Ler traz animo. Desenhar traz animo. Amar traz animo.
Então, ao invés de esperar... anime-se!!!

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